E agora? milhares de pessoas invadem os templos ávidos por suas bençãos, suas vantagens, suas historias, milagres dos mais diversos...
Essa pergunta me assalta toda vez que volto de um templo, e passo por outros onde encontro pessoas sinceras, que se entregam em lindas orações, lagrimas e tudo o mais, onde os fiéis contam uns pros outros os milagres que Javé fez na vida deles.
Mas.... e se de repente, cessace toda a comunicação espiritual com o alto?
Nós mesmos retornaríamos ao templo, sabendo que Javé não responderia às nossas orações pedintes?
Conforme o tempo passa, e tenho cada vez mais acesso aos textos, informações e relatos dos crentes do passado, o desânimo me assalta, pois os homens do passado tinham muito mais fé que os de hoje.
Estamos cada vez mais "mercantilizando" a nossa fé, um pacote fechado que engloba salvaçao, bens materiais, curas, discursos eloquentes, mas se esquece da renúncia....
Renúncia do mundo, do pecado, das facilidades, do misticismo que reina em nosso meio, onde e mais importante o sobrenatural que a vida natural daqueles pelo qual o cristo se fez carne e morreu por eles.
Confesso que sou humanista, do tipo que ta mais interessado em vc do que na sua instituição, pois a instituição "pasteuriza" deus.
Ò quão pobre é o homem da era da informática, tão necessitado desse Deus que está na sua frente, nos olhos daqueles que estão precisando de humanidade...
Como podemos amar oque não vemos se não amamos quem vemos???
Minha vontade as vezes é sumir, procurar um lugar ermo, pra expressar minha real condição de miseravel à Javé, chorar, por me sentir um inutil em um meio de pessoas idólatras, que idolatram o ter em detrimento do ser, como queria poder gritar aos 4 vento, Senhor, eu te amo pelo que o senhor fez, pelo que o senhor é...na condição de criatura, vou ao templo para adorá-lo em comunhão com meus irmãos....
Não peço absolutamente nada.... nem coisas coisas abstratas como misericórdia ou perdão, pois confio de verdade na tua palavra...
Quero ser somente servo.....
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Se Javé de repente exigisse obediencia nua e crua, sem trocas, favores ou vantagens, será que nossos templos seriam tão lotados?
