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quarta-feira, 29 de junho de 2011

A GUERRA DOS MUNDOS

                        

                     RELAÇÃO TENSA ENTRE O REAL E O ESPIRITUAL

Tudo o que foi e falado a respeito do sagrado tem de ser repassado sob o prisma que fora levantado pelo bacharelando Evandro Rodrigues, que nos fez pensar nos paradigmas e pilastras que influenciam nossa fé, sociedade, e a forma como encaramos a vida.
Tudo começou com os Persas, que tinham em sua religião, uma dicotomia, ou seja, uma separação de bem e mal, tendo uma divisão quase (senão de igual força) onde o campo de batalha é o mundo e os seres humanos peões nesse tabuleiro.
Esse forte tema do céu/inferno, bom/mal, nós herdamos dos hebreus que por sua vez herdaram diretamente da religião de Ciro e Dario...
Logo após a queda dos persas, vieram os gregos... e com eles os gnósticos....
Gnose (do grego conhecimento) possuía pontos em comum o cristianismo como a idéia da salvação de uma divindade suprema. 
Foi com os gregos que nasceu a teoria da carne ruim e o corpo como prisão da alma, defendida por Platão que era discípulo de Sócrates.
A mistura do pensamento neoplatônico, com a conversão de Agostinho de Hipona, surgiu à busca pela santificação.
Para Agostinho Deus não é criador do mal, e o mal é a ausência do bem.
O que chamamos de “metafísico”, ou o espiritual, toma conta de nossa mente, nos fazendo divagar entre os dois mundos, que nos faz rejeitar a carne e ansiar pelo espiritual. 
Toda essa concepção nos faz lutar numa briga constante onde temos de ser vencedores sempre numa louca batalha entre o bem e mal onde uma pergunta se faz necessária:
“Por que vencer senão estou competindo???”
Essa dicotomia nos faz esquecer de alguns pontos importantes do cristianismo:
1.      Jesus nos salvou.

João 6;37  nos dá a certeza que JAMAIS  Jesus nos lançará fora, ou seja, não perdemos a salvação pelo pecado ou por qualquer causa.

2.      O diabo foi vencido.

A não ser que creiamos que a obra da cruz foi incompleta, quando Jesus ressuscitou, venceu de uma vez por todas o diabo e a morte
3.      Vida na terra.

Nosso compromisso com a missão é aqui e agora, Cristo nos impele à uma vida de justiça, onde nos importamos e lutamos pelo bem estar de todos, não só os da fé, a não ser que você responda quem é o próximo de quem Jesus falou.


    FILOSOFIA


              É engraçado como uma discussão tão básico afeta a  nossa fé  e principalmente                     as nossas comunidades de fé.
             Desde o século 19  e os fundamentalistas, que combatiam os liberais que essa guerra entre a razão e a emoção ganhou contornos mais dramáticos, apesar de ela sempre existir no meio da igreja.
             Tertuliano  era da turma que odiava a filosofia e partia pra guerra contra a razão enquanto os apologistas gregos, como taciano, por exemplo, que lutava contra o que os gregos chamavam de loucura a divindade ter contato com a carne podre e má(encarnação de Jesus)
             O triste é vermos nossa amada igreja lutando contra a filosofia e o conhecimento teológico, tão arraigada  nos milagres e nas bênçãos que não percebem que o verdadeiro propósito de a igreja existir é justamente o contrario: ser ela uma benção....
            Mateus 19;16 a 30 nos prova que quem quer riquezas, já tem a sua consolação.
            O que falta em nossa comunidade é tremor de Deus, o que Rudolf Otto chama de “mysterium tremendum”  falta o medo da divindade, não só o temor reverencial, mas o medo mesmo de irmos para o inferno, toda a relação numinosa causava grande medo nas pessoas do passado, medo esse que foi substituído por uma arrogância na certeza de que vamos para o céu, invertendo os papeis entre criatura e Criador


        




terça-feira, 7 de junho de 2011

CONFUSÃO ENTRE MUSICA PROFANA E SAGRADA

CONFUSÃO ENTRE  MUSICA PROFANA E SAGRADA

Tudo começou em Jó, 38; 7, onde o texto nos mostra que as estrelas cantavam à Deus....
Apesar de sabermos que este texto tem forte apelo alegórico, porém vamos nos ater ao nosso tema, cujo texto deixa claro que a musica foi criada ANTES da criação do mundo, ou seja, não está em nossas mãos o ônus da criação da música.
Essa constatação nos tira o fardo de termos sido nós os criadores... portanto nós nos utilizamos da musica para expressarmos os nossos sentimentos.
Um fato interessante que deve ser levado em consideração é que o homem tem o poder de manipular os sentimentos de outro homem ou mulher, através da musica.
Um compositor competente tem o poder de manipular o sistema nervoso com a composição de notas musicais, por exemplo, quando manipula a “terça” de um acorde pra frente, produz notas maiores, o que ocasiona sons bonitos e alegres, transmitindo alegria, euforia, êxtase e saudação a Deus.
Ou então quando se atrasa  essa mesma terça, se obtém  o efeito contrario, ou seja, uma aura triste, de contrição, até de arrependimento causado pela musica...

Desta forma percebemos que um bom compositor nos leva onde ele quer, aos pés do pai, ou ao inferno...

O que devemos levar em consideração é que não há musica sagrada ou musica profana, pois a musica em si é neutra. O mesmo dó que se usa em uma musica de adoração é o  que é utilizado numa de escárnio ou deboche ,ou até de cunho satanista.A culpa não está no dó, e sim na intenção de quem usa esse dó.