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sábado, 19 de junho de 2021

ANARQUIA CRISTÃ E A MENTIRA DA VOLTA DE JESUS

 

ANARQUIA CRISTÃ E A MENTIRA DA VOLTA DE JESUS

 

INTRODUÇÃO

 

 

ANARQUIA CRISTÃ

 

Para a gente começar a falar de anarquia dentro do cristianismo, precisamos pontuar como pensar a anarquia nos dias atuais.

A utopia de um tipo de governo sem hierarquia, ou seja, sem um homem governando outro homem.

O que nos faz pensar....

Há uma controvérsia entre o uso da política no meio cristão e consequentemente no mundo ao seu redor.

A política é a relação entre as pessoas numa “polis”, então, o cidadão se vê obrigado a tomar partido nas decisões tomadas pelas autoridades no que diz respeito ao povo.

Mas, pra um anarquista, nenhum homem tem capacidade moral pra tomar as decisões que a população precisa.

Um homem ou um grupo de homens tem IMPERFEIÇÕES que nos levam aos erros cometidos ao longo da história humana, por isso, o anarquismo propõe o fim da hierarquia.

Dois pontos nos levam a essa conclusão: o primeiro é a própria consciência moral do ser humano e o outro é a tendencia NEFASTA das politicas humanas de COMBATE.

Segundo Vernard Eller, em seu livro “ANARQUIA CRISTÃ, a política humana precisa de um arque inimigo.

É uma prática comum, chamada de “maniqueísmo “, onde a posição politica se coloca como “deus” e a verdade absoluta e seus detratores são o “diabo” e o mal encarnado.

Segundo Eller, é uma redução colocar o evangelho dentro desse campo limitado de pensar político mundano, uma vez que esse modelo visa o confronto e não o geral como o evangelho prega.

A politica mundana prega a superioridade moral de um grupo sobre o outro, quando o evangelho prega o oposto.

O que tem de ficar claro é a repulsa à politica PARTIDÁRIA, que segrega e divide quando o evangelho une e redime.

Há alguns anos, esse maniqueísmo, típico da política americana, não faria muito sentido no Brasil plural e multirracial, mas... infelizmente, nosso país vive num clima beligerante e altamente maniqueísta.

Duas correntes contrárias polarizam a opinião pública, a ponto de quem não se posicionar de um lado ou de outro ser chamado de APOLITICO.

Meu desafio nesse momento é diferenciar a ideia anarquista cristã brasileira das versões europeias e americanas, dando um toque brazuka, com uma pitada de pacifismo.

 

 

JESUS NÃO VAI VOLTAR

 

Eu fico me perguntando, o que se passa na cabeça dos crentes do século 21?

Criou se uma teoria CATÓLICA durante a idade media de um evento mundial sobre a volta de Jesus.

Claramente, a igreja perde poder e precisa recuperar esse poder a todo custo.

Aliada a esse fato, a reforma protestante trás um novo modelo econômico, o CAPITALISMO, que trás a ilusão do enriquecimento pelo trabalho.

Pano de fundo perfeito para que o povo SE ACOMODE em seu estado social, uma vez que a justiça VIRÁ DAS NUVENS.

De um lado, a igreja prega um evento onde o redentor virá nas nuvens e todo o olho verá, uma VOLTA DE JESUS.

Por outro lado, os reformistas vendem a ilusão de uma liberdade econômica conquistada pelo capital. Quadro perfeito.

Você espera a vinda do libertador e não questiona as diferenças abissais entre ricos e pobres.

Filha dessa aberração, nasce a interpretação escatológica de apocalipse.

Chovem anticristos, papas, governos, sinais e as mais malucas datas do fim do mundo.

Um monte de livros foi escrito com as mais variadas interpretações da volta de jesus. Datas estabelecidas, seitas criadas com o propósito de serem os escolhidos.

Minha geração consumiu a trilogia ‘left behind”.

Chegou ao ponto de se criar um adesivo que circula nos carros americanos, “perigo, carro sob risco de arrebatamento”.

Essa questão me remete à dois tópicos rapidamente, o que de real tem na sua conversão e existe alguma força capaz de rivalizar com Deus?

 O que passa na cabeça do povo evangélico?

Crentes procurando o diabo mais do que o próprio Cristo.

Durante o final do segundo século Antes de Cristo nasce um gênero literário chamado “APOCALIPSISMO” pelos acadêmicos, por causa da característica toda contida no livro de apocalipse.

Esse gênero literário se baseia numa justiça IMEDIATA do maschiac onde ele vinga Israel contra Roma tendo como inspiração JUDAS MACABEU, que consegue a independência de Israel à força, e esse evento está descrito no livro de Macabeus.

Juntando a isso temos a interpretação das 70 semanas de Daniel a se cumprir no período do primeiro século, como cenário perfeito para o cumprimento dessa profecia.

Esse gênero literário inclusive é a base pra passagem das pessoas entregarem seus bens aos pés dos apóstolos, uma vez que o cumprimento seria IMEDIATAMENTE e não num futuro vindouro.

Há um outro detalhe bem importante pra incrementar essa história, o próprio apocalipse fala claramente da CIDADE DE ROMA, e não uma potestade política ou religiosa.

Uma pergunta martela na minha mente, SERÁ QUE O CRENTE NÃO ENTENDEU SUA PROPRIA CONVERSÃO?

Vocês querem ser arrebatados para um reino que já fazem parte?

O que fala ATOS 15? Qual foi seu discurso em sua conversão?

Você já foi arrebatado amigo...

Outra coisa importante, onde Jesus se refere a um evento mundial?

A conversão é INDIVIDUAL, Deus é individual, de onde tiraram esse evento mundial, onde Deus julga as escolhas de cada um?

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