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terça-feira, 6 de junho de 2017

PUNK, ANARQUISTA E DE JESUS

     PODE UM PUNK SER CRISTÃO, ANARQUISTA E IR AO CULTO?


Muita controvérsia passa pela minha cabeça toda vez que tento conciliar esses lados tao antagônicos de minha vida.
A primeira faceta da minha personalidade foi a anarquia, provinda da escola, onde aprendi desde cedo a questionar autoridades.
Esse questionamento num brasil recém saido da ditadura fazia todo o sentido, as instituições democráticas estavam testando viver sem as amarras, e os jovens professores tinham finalmente liberdade.
Aliada a esse fato, veio a musica, de uma geração que bebeu do cálice da tropicalia, e da contestação do movimento contra a ditadura

O Rock fazia sentido, o Rap e o Break ganhavam espaço com sua cultura Hip Hop.
Todo esse cenário me levou a montar a primeira banda, Molotov...
Veio o clubinho... o resto vocês sabem...RDH ....
MAS com o Rdh veio a agressividade punk, o anarquismo  ateu, que via toda a religião como uma combid , e isso me fez odiar a Deus.
Um Deus que nunca conheci, pois semre associei Deus a um lider e/ou uma religiao manipuladora.
Eu vivi uma grande epoca no movimento Punk, e me orgulho muito disso, os anos 90.
Era o fim das gangues, enfim teriamos um pouco de paz entre Punks pelo menos em Sampa.
Durante esse periodo, a musica contestadora e violenta do Rdh era parte da minha voz, que se dividia  em zines, e outras expressoes que me preenchiam por completo.
Alguma coisa na religiao me incomodava bastante, eu não sabia exatamente o que era, suas regras, rituais, o discurso que eu achava hipocrita, ou as reunioes, eu não sabia exatamente o que era, mas algo não/ia bem .

Nesse meio tempo, surgiu a paternidade, e eu sai do Rdh....
Veio a conversao, eu finalmente entendi o que me incomodava na religiao, Jesus.
Sempre via a religiao como um monte de pessoas procurando algo que nunca encontrariam.
Logico que eu não entendia a religiao, simlesmente eu não sabia PORQUE eles se encontravam.
Há algo muito maior que a simples relacao  humana, há o trancendente, o Eterno, o sagrado.
Vivi por muitos anos encubando minhas ideias anarquistas, na ansia de experimentar mais do trancendente, vivi na busca pelo conhecimento do sagrado, atraves de lideres, pastores e professores que me mostravam o caminho.
Mas, foi na faculdade, nos poroes  pra ser mais preciso, com o saudoso Professor LUCIANO, que a chama contestadora acendeu e ascendeu de novo.
A anarquia crista era uma realidade, não somente aquela terrorista de Daniel Guerin, não aquela trabalhadora de Bakunin, mas algo que vinha aliada aquilo que mais eu tinha de proposito na vida, ela revelava JESUS.
Todo o movimento Punk me recebeu de volta com os bracos abertos quando eu voltei pro Rdh, isso me causou um imisto de alegria e indignacao.
Por que o meio evangelico e cristao não recebeu a minha identidade Punk tao bem quanto o Punk recebeu minha identidade crista?
Estaria ai de volta toda a hipocrisia que eu odiava antes ?
A reflexao do passado se fez mais presente agora, numa forma de grito, abafado durante os anos de banco, oracao e anonimato nas igrejas
.
Mas isso tambem mudou, quando entrei pelas portas da igreja batista, fui ouvido, o Punk podia se expressar, não necessariamente ser aceito, mas finalmente ter VOZ.
Percebi que na verdade, extremos nos afastam do conhecimento, nos afastam do dialogo, da relacao humana...
Vamos dialogar, vamos sentar e debater esse humano que expressa seu amor a Cristo, que expressa sua raiva diante da corrupcao e dos governos humanos.
Vamos a luta, e glorias a Deus.

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